quinta-feira, 12 de julho de 2007

Biografia de Fagundes Varela







Fagundes Varela (Luís Nicolau F.V.), poeta, nasceu em Rio Claro, RJ, em 18 de Agosto de 1841, e faleceu em Niterói, RJ, em 17 de Fevereiro de 1875. É o patrono da Cadeira nº 11, por escolha do fundador Lúcio de Mendonça.
Era filho do Dr. Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade, ambos de famílias fluminenses bem situadas. Passou a infância na fazenda natal e na vila de S. João Marcos, de que o pai era juiz. Depois, residiu em vários locais. Primeiro em Catalão (Goiás), para onde o magistrado fora transferido em 1851 e onde Fagundes Varela teria conhecido o juiz municipal Bernardo Guimarães. De volta à terra natal, residiu em Angra dos Reis e Petrópolis, onde fez os estudos do primário e secundário. Em 1859, foi terminar os preparatórios em São Paulo. Só em 1862 matricula-se na Faculdade de Direito, que nunca terminou, preferindo a literatura e dissipando-se na boêmia. Em 1861, publicara o primeiro livro de poesias, Noturnas.
Contraiu matrimônio com a artista de circo Alice Guilhermina Luande, de Sorocaba, que provocou escândalo na família e agravou-lhe a penúria financeira. O primeiro filho, Emiliano,
morto aos três meses de idade, inspirou-lhe um dos mais belos poemas,
Cântico do Calvário. A partir daí, acentuam-se nele a tendência ambulatória e o alcoolismo, mas também a inspiração criadora. Publicou Vozes da América em 1864 e a sua obra-prima Cantos e fantasias, em 1865. Nesse ano, ou em 66, durante uma viagem prolongada a Recife, faleceu-lhe a mulher, que não o acompanhara ao Norte. Ele voltou a São Paulo, matriculando-se em 1867 no 4º ano do curso de Direito. Abandonou de vez o curso e recolheu-se à casa paterna, na fazenda onde nascera, em Rio Claro, onde permanece até 1870, poetando e vagando pelos campos. Deixou-se sempre ficar na vida indefinível de boêmio, sem rumo, sem destino determinado. Casou-se pela segunda vez com a prima Maria Belisária de Brito Lambert, com quem teve duas filhas e um filho, este também falecido prematuramente. Em 1870, mudou-se com o pai para Niterói, onde viveu até o fim da vida, com largas estadas nas fazendas dos parentes e certa freqüência nas rodas da boêmia intelectual do Rio.
Vivendo na última fase do Romantismo, a sua poesia revela um hábil poeta do verso. Em





"Arquétipo", um dos primeiros poemas, faz profissão de fé de tédio romântico, em versos brancos. Embora o preponderante em sua poesia seja a angústia e o sofrimento, evidenciam-se outros aspectos importantes: o patriótico, em O estandarte auriverde (1863) e Vozes da América (1864); o amoroso, na fase lírica, dos poemas ligados à natureza, e, por fim, o místico e religioso. O poeta não deixa de lado, também, os problemas sociais, como o abolicionismo.
OBRAS: Noturnas (1861); Vozes da América (1864); Cantos e fantasias (1865); Cantos meridionais e os Cantos do ermo e da cidade (1869). Deixou inédito o Anchieta ou Evangelho na selva (1875), O diário de Lázaro (1880) e outras poesias. Otaviano Hudson, amigo fiel, reuniu os Cantos religiosos (1878), com o fim de auxiliar a viúva e filhos do poeta. As Poesias completas, org. de Frederico José da Silva Ramos, saíram em 1956.





Abaixo duas poesias de Fagundes Varela, autor boêmio, amante das mulheres, romantico, e grande adimirador da natureza...






A mulher




(AC...)




A mulher sem amor é como o inverno,
Como a luz das antélias no deserto,
Como o espinheiro de isoladas fragas,
Como das ondas o caminho incerto.




A mulher sem amor é - Mancenilha -
Das ermas plagas sobre o chão crescida,
Basta-lhe à sombra repousar um'hora,
Que seu veneno nos corrompe a vida.




De eivado seio no profundo abismo,
Paixões repousam num sudário eterno;
Não há canto nem flor, - não há perfumes,
A mulher sem amor é como o inverno.


Su'alma é um alaúde desmontado
Onde embalde o cantor procura um hino;
- Flor sem aromas, - sensitiva morta, -
- Batel nas ondas a vagar sem tino.


Mas se um raio do sol tremendo deixa
Do céu nublado a condensada treva,
A mulher amorosa é mais que um anjo,
- É um sopro de Deus que tudo eleva!




Como o árabe ardente e sequioso
Que a tenda deixa pela noite escura,
E vai no seio de orvalhado lírio
Lamber a medo a divinal frescura:

O poeta a venera no silêncio,
Bebe o pranto celeste que ela chora,
Ouve-lhe os cantos, - lhe perfuma a vida,...
- A mulher amorosa é como a aurora!


Amor e vinho



Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer


A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura


Não sou desses gênios duros,

Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer.



sexta-feira, 27 de abril de 2007

justificativa







Esse blog foi criado na intenção de informar as pessoas sobre a cultura brasileira nos primeiros anos de nossa nação visando também azlmentar o conhecimento dos alunos do segundo ano H do Colégio Estadual David Mendes Pereira.

As três gerações de poetas romanticos









no Brasil a poesia se desenvolveu aproximadamente na década de 1830 à década de 1870.







  1. geração-introduziu o romantismo no Brasil, tem como representantes gonçalves Dias e Gonçaolves magalhães.


  2. geração- (ultra-romantismo)-mergulhou fundo no interior, caso de Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.


  3. geração- procupou-se com temas sociais ,como fagundes varela e Castro Alves.

O nacionalismo romântico.







Em termos didáticos ,o ano de 1836 marcou o início do romatismo no Brasil com a publicação do livro de poesias (Suspiros poéticos e saldades) primeira obra brasileira romantica.



No mesmo an0 é lançado por porto-alégre e outros a revista nitterói, que se torna porta-vosd de idéias româmticas do Brasil.;



entusiasmados pela proclamação da independencia os escritores criaram uma literatura autenticamente nacional com temas ligados a nossa realidade social e histórica, que abandonou o estilo lusitano e adotou um estilo próprio da fala brasileira.



Nessa época o Brasil era um país essencialmente agrário e,dependente dos escravos, diferente dos outros países que por sua vez adotaram a revolução industrial, que troxe então as fábricas e multidões de opérarios o Rio de janeiro era praticamente inesistente.




Os folhetins publicados pelos poucos jornais da época chamava a atenção dos poucos leitores.




A partir do apoio de D. Pedro II aos intelectuais e artistas, o Romantismo brasileiro se transformou em projeto oficial, expressando sua ligação com a política. Para valorizar as origens da nacionalidade escolheu-se o índio, visto como parte integrante e como fundador da nação brasileira. Em 1856, quando Gonçalves de Magalhães publicou o poema épico A Confederação dos Tamoios, obra financiada pelo Imperador, o índio passou a ser considerado o símbolo nacional. Idealizado, corajoso, puro e honrado, transformou-se na própria encarnação da jovem e independente nação brasileira, conduzida agora por D. Pedro II.
Enquanto que, na Europa, os escritores românticos valorizavam os temas heróicos da Idade Média, no
Brasil o nacionalismo exaltava o indígena, o "bom selvagem", transformado em herói nas páginas dos romances e nas poesias de nossos escritores. As paisagens da nossa terra, os índios, a vida no campo e na cidade passaram a ser os temas da nossa literatura, teatro, pintura e música.
Gonçalves Dias, considerado o principal poeta romântico brasileiro, exaltava a natureza e o sentimento de honra e valentia do
índio. Graças a seus poemas I-Juca- Pirama, Os Timbiras, Canção do Tamoio, entre muitos outros, o indígena transformou-se em símbolo do nacionalismo romântico brasileiro.